Guerreiros Mura

Fogo-fátuo

Guerreiros Mura


Vem chegando a enchente
As águas correntes
Invadem os campos
Bichos em prantos

Estão em apuros
No ponto mais alto subiu
Boitatá no buraco sumiu
Lugar bem escuro

Por muito tempo
Foi um corpo diminuindo
E os olhos crescendo
Quando o dilúvio passou
Boitatá do buraco pulou

Aos incestos vem assombrar
Não é segredo
A noite vê tudo e faz medo
É o foto-fátuo pairando no ar

Pelos campos a passear
Em forma de cobra vai assustar
A escuridão é o seu consolo
Cobra de fogo quase é só olho(bis)

Composição: Rosinda Teles, Adriano Furtado, Hemanyel Pinheiro

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