Gilberto e Gilmar
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Carrasco Regenerado

Gilberto e Gilmar


No sertão mato-grossense
Na fazenda do Cerrado
Conheci um fazendeiro
Um carrasco endinheirado

Maltratava sua esposa
E dizia pra coitada
Que vivia sempre em pranto
Eu afronto qualquer santo
Pois não acredito em nada

Numa sexta-feira santa
Ela amanheceu zangado
Já chamou a sua esposa
E falou bem declarado

Hoje quero no almoço
Um leitão e um frango assado
A mulher ficou nervosa
Por ser muito religiosa
Não atendeu o malvado

Nessa hora o desumano
Só porque foi contrariado
Espancou a pobre esposa
Com chicote bem trançado

Ela correu pra igreja
Viu Jesus crucificado
E pediu que a salvasse
Antes que ali chegasse
O marido alucinado

Ainda estava ali de joelhos
Aos pés do altar sagrado
Quando viu que o marido
Foi chamando em alto brado

Venha cá sua atrevida
Não tem santo que te salve
Vim aqui te dar o exemplo
Nem que seja aos pés do templo
Tenho que ser mais respeitado

Mas ao levantar o braço
Ficou tanto apavorado
Pois sentiu um calafrio
E ficou paralisado

Pela esposa ainda em pranto
O carrasco foi perdoado
Hoje é um religioso
É um marido carinhoso
Pela fé regenerado

Composição: Everaldo Ferraz, Nelson Gomes

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