Getúlio Moreno
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Madame Susy Cavalera

Getúlio Moreno


Ela era sempre a primeira estrela
Do desfile da bienal
Câmaras e fleches se posicionavam sempre sobre ela,
Ela tinha o caminhar de um malabarista
O passo desejado por olheiros de estilistas
Tinha um biótipo de modelo internacional.
Começou fotografando
Pra um pequeno folhetim colegial
Depois foi atriz quadjuvante
De um curta metragem em Cannes,
Sempre quis seguir o mundo feshion da costura
Ela era craque em esbanjar tanta postura
Trazendo na mala um tão modesto
Ensino fundamental.

Ela tinha a dose certa de humor
Que é próprio dos artistas
Desfilava como quem passeia sobre cortes de cetim
Era festejada quando as luzes
Lhe mostravam a passarela
E ela, bela como nunca, sabia mostrar as coleções,
E assim o mundo conheceu madame Susy Cavalera
A menina que veio da fazenda lá do interior do sul
Que teve os tablados de Madri, Roma e Bruxela
Sob os saltos
Que parou de ser moda e ser notícia
Por algo particular.

Conheceu num café de París um belo moço escandinavo
Que lhe ofereceu flores londrinas
De um florista que passava,
Disse ser ator e que brilhava no cinema
Que lá em Holliwood sempre era a grande cena
Fazendo a mocinha, toda por ele se apaixonar.
E partiram rumo ao estrelato tão prometido por ele
O cinema era a grande paixão da bela moça lá do sul
Mas o tempo foi passando
E Susy tão sutil foi descobrindo
Que o escandinavo já não era exatamente quem falou.
Percebendo a trama,
Susy partiu no vôo das quatorze horas
Deixando pra trás o belo moço
Tão canalha e tão gentil
Ressentida com a vida, Susy pretendia ser agora
Sucesso e notícia novamente
No coração do Brasil.

Composição: Getulio Moreno

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