Dói meu "Sinhô" Dói meu "Sinhô"
Mais que o tronco e a chibata
A realidade Mata

"Meu vô falo pá meu pai que um dia eu ia vê
Meus fio andando livre,nas fartura do sabê"
As correntes enferrujada,com mais de cem anos até
Não quebra prende segura,nego veio pelo pé

Dói meu "Sinhô" Dói meu "Sinhô"
Mais do que o tronco e a chibata
A realidade Mata

"Meus fio já tão criado,meus neto aqui tão creceno
Na favela da esperança, vejo seus sonhos morrendo"
A luta é desigual,as portas estão fechadas
É o sonho da liberdade,que se acaba em nada

Dói meu "Sinhô" Dói meu "Sinhô"
Mais do que o tronco e a chibata
A realidade Mata

"Nego veio ta cansado,di faze buraco n/água
di arromba tranca di ferro i num vê degrau na escada"
Mas "nego veio" é forte,não perde a esperança
Que um dia brilhe o sol,nos olhos de suas crianças

Dói meu "Sinhô" Dói meu "Sinhô"