Pivete vive, os nossos não (baixada, baixada) ainda não
Me segurei pra não deixar que eles caíssem ele disse, eu sabia mas não avisei enquanto o mal nos consumia ela ria tudo brilha reluzente num sonho sem lei
mas nada vive nesse quarto, as estrelas se apagaram nossos sonhos são largados e sorriram os que cercaram
último suspiro, ultimo cigarro barulhos de tiro, me volto pro alto meu corpo se aquece, cheiro de asfalto nada foi perdido, tudo foi roubado
de surto em surto eu vejo um mundo obscuro e seguro completo e impuro, sagrado e culto mas o tempo é curto, uma chance é muito pra eu ter que largar tudo, ir de volta pro mundo ressignificar o puro... minha vida num pulo
e essas almas que vagam procurando espaço enquanto camas de concreto me oferecem abraço o ar esfria, a guia enfim desfez o laço de olhos abertos o Deus em mim da o último passo
me sinto mal Belchior, todo dia eu morro era pra ser um som sinistro e se tornou um desabafo de Deus, o seu, o meu me da que eu faço crack no sapato, batidas do coração ritmizam o meu compasso o tempo é escasso, e eu não sou fraco mas olho em volta, o ódio no encalço as vozes na minha cabeça se tornaram o meu afago, os mato mas hoje é dia, acendo, puxo, seguro e traço sentimento é inspiração que cria vida nos versos e no riso do palhaço (no riso do palhaço)
e essas almas que vagam procurando espaço enquanto camas de concreto me oferecem abraço o ar esfria, a guia enfim desfez o laço de olhos abertos o Deus em mim da o último passo