Eu andava atazanado Com a muié só a brigar Peguei meu fuquinha veio Na direta fiz roncar Na ladeira e já sem freio Eu sai batendo lata É hoje que a cobra fuma E não tem cerca que me ataca
Fui direto pra o praguedo Para dar uma bailada A tal casa era famosa Por nome boca pintada Na porta já dei lhe um grito Relembrei aqueles tempos Que eu saltava as valetas Pulava e caia dentro
Já que eu venho atropelado Com a vida atormentada Chamei a chefe da casa Manda que eu pago a rodada Não corro de rinhadeiro Sou galo que pua forte Eu não sou dos mais bonito Mas no amor eu tenho sorte
Entre beijos e abraços Parecia um garanhão A ceva corria frouxo Na base do bastantão Eu dançava e pulava E a mulherada dizia Mas eta neguinho Bueno Dá bem pra tira uma cria
Já estava amanhecendo Na porta fui dá uma espiada Nisso vinha embocando A muié veia endiabrada Já meio fora de si Me largo uma bofetada Se me pega me esgualepa Fez vento na minha beiçada
Ali mesmo se agarremo A muié tava maluca Pra azara não deu arranque Na imundícia do meu fuca Saímos estrada fora Parecia uma trovada E até nós chegar em casa Das roupas não sobrou nada
Acordemo a vizinhança Mas ninguém quis se mete Total a muié é minha Ninguém tem nada que vê Ela disse venha vindo Nunca mais você me engana Se tu é, bem macho venha Me surra em cima da cama
Mas eta bicha safada Quase que me demoliu Me largou de orelha murcha O corpo suando frio O fuca larguei de mão Fico em conta no caquedo E muié me chama agora Só de benzinho e de nego