Máscaras cobrem os rostos Das índias devoradoras de corpos Eu estou entre elas Meu corpo está cheio de sequelas
Entre as árvores e montanhas Entre as nuvens e entranhas Elas me levam até a tribo Onde me entregaram o recibo Da morte que eu comprei E que por milhões de dórales matei
Em breve elas estarão Me colocando num altar E meu coração arrancarão E a minha vida ira se esvaiar Corra garoto, por essa selva Minhas cinzas estão na urna Pule pela relva (cuidado com a onça) Enfrente por mim, a amazônia noturna
Vagalumes te guiarão E as cobras te pertubarão O rio vai te enganar Todo mundo vai tentar te matar Você é forte o sufuciente Pra enfrentar os jacarés nos afluentes? Sapos venenosos, animais perigosos Predadores prontos pra comer seus ossos
Em breve elas estarão Me colocando num altar E meu coração arrancarão E a minha vida ira se esvaiar Corra garoto, por essa selva Minhas cinzas estão na urna Pule pela relva (cuidado com o jacaré) Enfrente por mim, a amazônia noturna
O canto das índias não para O terror está estampado em minha cara As nuvens estão mostando
Você caminhando Você está devagar Você não vai conseguir chegar
Em breve elas estarão Me colocando num altar E meu coração arrancarão E a minha vida ira se esvaiar Corra garoto, por essa selva Minhas cinzas estão na urna Pule pela relva (cuidado com Tupã) Enfrente por mim, a amazônia noturna
Tupã está me guiando pelo céu Em sua mão direita há um fogaréu Em sua mão esquerda está o meu coração E você não está mais nele