Facção Central
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Justiça Com As Próprias Mãos

Facção Central


De joelhos aos meus pés tá inofensivo
Nem parece o monstro do horário político
Que com a dor do indefeso compra a Mercedes
Coloca obra de arte valiosa na parede
Eu tô aqui defendendo o interesse da favela
Que quer teu sangue pra preencher o vazio da panela
Vim fazer vingança, buscar indenização
Pro seu crime hediondo justiça com as próprias mãos
Tá aberta a seção, começa o julgamento
Tenho provas contundentes pro seu sepultamento
Oitão na cabeça, fica quieta vadia
Transformou o moleque do pipa num sanguinário homicida
Pôs a menina de 10 anos fazendo ponto
Sem estudo anal, oral por 15 conto
Na porta da escola deu crack pro estudante
A boca dele jorrou sangue na dívida com o traficante
Cadê a verba do menor infrator queimando na TV?
suficiente pra Harvard, pra FGV?
Invés de faculdade pro meu filho
Abre seu crânio com uma M-16 30 tiros
Faz uma pá de futuro promissor feliz
Tá no banco dos réus ouvindo a sentença do juiz
Quantas facadas merece um porco
Que faz o macarrão do lixo ser meu almoço?

Pelo sangue da guerra civil,
Pela criança dormindo no frio
Pow,pow,pow,pow
Vai pra puta que o paril.

Pelo nóia morto no rio
Invés de escola me deu um fuzil
Pow,pow,pow,pow
Vai pra puta que o paril.

Pelo sangue da guerra civil,
Pela criança dormindo no frio
Pow,pow,pow,pow
Vai pra puta que o paril.

Pelo nóia morto no rio
Invés de escola me deu um fuzil
Pow,pow,pow,pow
Vai pra puta que o paril.

Agora chora igual nenê sem mamadeira faminto
A cada soco na cara, por favor me deixa vivo
Vou dar choque com a frieza do investigador
Arrancar sua unha igual no DP doutor
vamos ver se corre sangue azul na veia do rico
Quebrar seu dente tipo Choque no presídio
Eu não sou louco se pá é muito pouco
Tinha é que com uma .40 arrancar seu olho
Pra você sentir o que o meu truta sentiu
Quando sua guerra mandou meu rosto pra puta que o paril
Não se preocupa a tortura é só um método usado
Pra investigar, reprimir no sistema carcerário
O choque no saco que te faz tremer
Faz parte do currículo de quem não tem o que comer,
Também algema sem flagrante, cuspe na cara
Civil pisando no pescoço querendo granada
você treinou sua polícia pra ser minha inimiga
Pra servir e proteger só a cadela rica
Acabou a curtição na noite de Paris
Sua torre Eiffel, agora é coronhada no nariz
Financiou suas férias, diversão no carnaval
Com aposentado doente sem leito no hospital
Fez quem sonha com arroz, pagar etilista pro seu terno
Só vejo uma condenação, a morte no seu processo.

Pelo sangue da guerra civil,
Pela criança dormindo no frio
Pow,pow,pow,pow
Vai pra puta que o paril.

Pelo nóia morto no rio
Invés de escola me deu um fuzil
Pow,pow,pow,pow
Vai pra puta que o paril.

Pelo sangue da guerra civil,
Pela criança dormindo no frio
Pow,pow,pow,pow
Vai pra puta que o paril.

Pelo nóia morto no rio
Invés de escola me deu um fuzil
Pow,pow,pow,pow
Vai pra puta que o paril.

O prego do condomínio tem que entender
Que se tem pânico em Alphaville é porque você deu a PT
Que o mano armado de 12 é só um fantoche
Programado pra matar pelo dono do Porsche
Que também tem um jato que vai pra Cáli noite e dia
Pra abastecer de farinha toda a periferia
O boy acha que merece a morte é o que grita assalto
Que grita dá a chave sai do carro
Não o branco articulado bem vestido
Que não saca o cano, mas roubam até nos Estados Unidos
Cuzão na TV diz que urna não é pinico
Que voto consciente muda o cenário político
Que é preciso investigar antes de votar
Mas cadê biblioteca, escola pra eu me informar?
Quem põe o almoço embaixo da blusa no mercado
Não tem pra ler jornal nem 50 centavos
Só tem o palanque e o horário gratuito
Pra adivinhar que sigla tem menos ladrão no partido
Réu você banhou de lágrima seu mandato
Me deu o crack, uma 12 cano cerrado
Como pena vou explodir sua cabeça
Com ela autor intelectual do massacre na favela
Seu corpo vai ser exposto em praça pública
Servirá de exemplo pros engravatados filhos da puta
Aí pra político porco, o veredicto é esse aqui mano...
Pow,pow

Pelo sangue da guerra civil,
Pela criança dormindo no frio
Pow,pow,pow,pow
Vai pra puta que o paril.

Pelo nóia morto no rio
Invés de escola me deu um fuzil
Pow,pow,pow,pow
Vai pra puta que o paril.

Pelo sangue da guerra civil,
Pela criança dormindo no frio
Pow,pow,pow,pow
Vai pra puta que o paril.

Pelo nóia morto no rio
Invés de escola me deu um fuzil
Pow,pow,pow,pow
Vai pra puta que o paril.

Pow,pow,pow,pow
Pow,pow,pow,pow

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