Fabiano Bacchieri
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Os Olhos do Meu Cavalo

Fabiano Bacchieri


Aos poucos vão indo embora As coisas que eu mais gostava
Quando morreu meu cavalo Por certo deus descansava

Era uma tarde de outubro Um silencio de sol por
Um vento nas madressilvas Ventava anúncios de dor
No céu azul do potreiro A corvada em vôos rasos
Trazia garras de morte mas a gente nem fez caso

Quando a manha veio cedo na recolhida pra encilha
Faltava um baio cebruno na forma da minha tropilha
Um peão com olhos baixos de freio e mango na mão
Me disse com dor na alma morreu seu baio patrão

AS CRINAS ENTRE AS MACEGAS CARDAVAM TEIAS DE ARANHA
QUE A MANHA AINDA AGORA TINHA POSTO NA CAMPANHA
E OS OLHOS DO MEU CAVALO QUE A POUCO NÃO VIAM NADA
JÁ TINHAM GANHADO O CÉU, PELAS GARRAS DA CORVADA

Ficou um silencio largo talvez faltando um relincho
Só um choro pelo arame pelo cantar dos pelinchos
Olhando o baio estendido pensei bem quieto comigo
Isso não é coisa parcero que se faça com um amigo

Coisa triste de se ver um amigo desse jeito
Ontem mesmo lhe apertei a cincha no osso do peito
E hoje lhe vejo assim posto em partida sem viço
Se deus bem sabe o que faz não tava sabendo disso

Se vai embora meu baio o pingo que eu mais gostava
Quando morreu meu cavalo por certo deus descansava

Composição: Gujo Teixeira E Cristian Camargo

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