limitado eu sou limitado

camisa-de-força

amarrada a meu lado

emaranhada em teia de aranha

eu sou amarrado em movimento

em expectativa

substitutos da exclusão

somente entre a esperança

e ilusão

uma vítima de substância

uma presa ancorada

que não viverá

para ver o dia

o diabo mente por abaixo

eu sou privado

encobrindo a luz

em meu olho

ele desenrola suas garras

e prende minha natureza

e agarra minha alma

ele estende sua própria vida fora:

em comércio para liberdade

em mudança para desígnios

os demônios dele consomem

o sedativo de morte

eu os vejo voar

pelo sol

de meu olho

então vem o modo

ele se move para o lado

escute quieto

no fundo

a boca do veneno

plantando os dentes dele dentro

o remédio do veneno

enquanto demônios enxaminam