Música: Simples Retrato (part. CAGEBE) Álbum: Além da linha reta
Dg
Triste vida À margem da sociedade Se perde o rumo O pensamento na maldade Um simples retrato Com a lágrima do mundo Pode até encher O oceano mais profundo
Imundo na calçada suja A mão se estende A fome vence a vergonha E agora não entende
À frente vai a peste Cruel e sem paciência Vira notícia Aumenta o grau da audiência
Completa a taxa mortal Na faixa dos setenta Criança nasce desnutrida E o mano nem lamenta
A espera de um milagre De onde quer que seja Te manter imóvel O inimigo planeja
Onde estiver Não se deixe levar Por falsas idéias Ou um simples conversar
Nunca se apegar A algo dessa terra Mais menos hora Você perde essa guerra
(Refrão) É como um simples retrato Seguindo o compasso As tristezas do mundo Pois no fundo é difícil De imaginar Ainda não é tudo
Boca
A mais longa jornada Começa com um passo São poucos no caminho Que não desistem fácil
O defensor acorda cedo Só volta ao entardecer O problema nunca espera Sempre tenta te deter
Canibalismo humano Irmãos se degladiando Não contente com o que tem Existem muitos afundando
No mundo capitalista No qual é selecionado É o retorno de um ferido Que por máquina foi trocado
Desqualificado Pelo inimigo enfraquecido Um segundo pode destruir O que foi anos construído
Na primeira oportunidade O leigo vira mágico Escapar da tempestade Não pensar no fim trágico
Viver cada dia Como se fosse o último Lutar por igualdade A mentira ou a verdade
Um dia uma hora Todos tem que escolher Faça suas escolhas E elas fazem você
(Refrão) É como um simples retrato Seguindo o compasso As tristezas do mundo Pois no fundo é difícil De imaginar Ainda não é tudo
André
É como tentar ver a saída se tudo é escuro eu sinto um nó na garganta em ter que ficar mudo
surdo já tentei pensei em acabar com tudo só mais um para a tristeza do mundo
corrida do domínio pacto dinheiro sujo a ambição sem direção gerando o fim de tudo
religião entra em conflito o povo tá confuso a bomba programada nossa mente é pavio curto
o povo mata morre o mundo chove de tristeza é o caráter resumido a nada é a pobreza
o homem ta ferido perdido e sem defesa Alah alguém oh Deus do céu Peço que nos proteja
O negro chora ódio Sente a fome de justiça O povo ta ferido Humanidade ta perdida
A gente canta o fim Mas crê na coisa alternativa Que pra sair por cima Só uma ação coletiva
(Refrão) É como um simples retrato Seguindo o compasso As tristezas do mundo Pois no fundo é difícil De imaginar Ainda não é tudo
César
Domingo á tarde Me encontro meditando sozinho Observando o retrato Douglas meu sobrinho
Minha mãe o pequeno Minha família É tudo o que eu tenho É o que me incentiva
A chuva não cai A torneira secou O remédio não cura A ferida aumentou
O disco arranhado Tocando na vitrola A hora não passa A febre não vai embora
O vento já não sopra mais como antes o conhecimento esquecido dentro da estante
o menino que observa tudo calado cuidado o ódio pode estar camuflado
o palhaço não consegue transmitir alegria atentado no shopping center mais um suicida
por que será que eu vejo tudo diferente o planeta é um hospício e eu sou mais um paciente