Em casa de formiga tamanduá não é bem vindo Em terra de cego quem tem um olho chefia Na selva de pedra jacaré virou casaco Se todos se abraçassem maldade não existiria Quem com ferro fere no coração tem maldade Olha no meu olho quero te mostrar a verdade Se tu me pedisse um rap bom pra ti faria Só pra te ver longe mano da patifaria E enquanto as câmeras te filmam na calçada Na porta do banco na saída e entrada Enquanto um segurança comenta com um camarada tá entrando um rapaz suspeito Com a cara amarrada Viu minha vestimenta não meus sentimentos E o que o atormenta são meus argumentos Ele até inventa alguns xingamentos Mas minha ferramenta são meus pensamentos Eu luto! pra ser luz em meio ao breu Eu imitei meu pai e meu sobrinho imita eu E espero que ele seja exemplo pra alguém Somos água no deserto E não miragem de um harém A massa grita, quebre a praça Na avenida quebre a banca Carro tomba, fogo taca Quebre o vidro com a catraca Depois vem me dizer que tem direito Mas consciência Sua violência só gerou mais violência E ai sai no jornal E o jornal ganhou audiência Perderemos a razão Se não agirmos com inteligência Ego lá em baixo, ego lá em baixo Cortinas são cortinas e capachos são capachos E se for preciso capachos nós seremos Mas não desistiremos e um dia venceremos Futuro a Deus pertence, ai, então oremos E o que ele tem pra nós lá na frente saberemos Que o amor venha de mais, a maldade de menos Quem sabe a igualdade um dia contemplaremos E nos policiemos pra não causarmos danos Respeito é importante pra ser um bom ser humano Que Deus seja enorme, pequenos nós seremos