Eu tô comendo templos de almas Corpos de bichos e seus rebotalhos Subjugando corpos e mentes Em nome da tradição
Tourada, rodeio, inseminação Confinamento, cruel tratamento Bala na testa, destino sanguinolento Em nome da tradição
Churrasco, tender, cinto de couro Sapato, batom, flecha no lombo do touro Lâmina no bico, sedém na genitália Eu monto, espeto, humilho, destroço É o laço, é o anzol, é o fim do caminho
Exploro, sugo, mamo, bato e abato Chicote queimando, não devo respeito Trituro, mutilo, usina do medo Eu aniquilo a bondade de tudo Passarinho na mão é o fundo do poço
Meu ego maior que o tamanho do mundo Eu escravizo, mato e deixo morrer (Live and let die!) Agulha no olho, pele arrancada. Testando! Aval da ciência pra inconsciência É a morte, é a morte, é o fim da picada
Churrasco, tender, cinto ide couro Sapato, xampu, flecha no lombo do touro Patê da desgraça, circo de horrores sem graça Eu monto, espeto, humilho, destroço É o laço é o anzol, é o fundo do poço
Não penso ou reflito, apenas repito (repito) Humano insensível, irracional Um energúmeno, nojento e boçal Em nome da tradição (Quem é o animal... irracional? Ahimsa, irmão! Não violência! Amor aos Animais! Amor aos humanos! Amor ao planeta! Amor à vida! Ahimsa...)