Eduardo (rapper)
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De Homem pra Homem

Eduardo (rapper)


Não quero você olhando a foto que trás bons momentos
Quandos suas pernas tinham movimento
Quando não assistia, culto todo o domingo
Esperando voltar a andar, por milagre divino
Antes da ruger vejo o livro caixa da organização
Presta atenção nos dados com velório e caixão
Com Lança granada ou metralhadora de bolso
Nesse ramo o sistema é sempre mais poderoso
Você pode ser o agente da dengue, que engana o porteiro
Pra no Ap fritar no fogão, a mão do engenheiro
Mas nunca interferir na porra da política
Que cadastra seu parente pra visita na penita
O desejo pelo Tablet, foi fabricado
Pra você fazer refém, no shopping do bairro
Pra abandonar o livro e não entender que o B. O no Esso
Não vale seu nome no processo
Pro boy pior do que te ver ameaçando com a Ak
É ver o número do seu Crm no crachá
Seu objetivo tem que ser formação acadêmica
Não Cessna, com cocaína na fazenda
Foda-se a coleção de Eco-Drive na gaveta
No crime sempre tem mira a laser, pra sua cabeça
Ataco polícia política a mídia pra não te ver autopsiado
Porque quando olho pra você vejo outro Eduardo

(Refrão)
De homem pra homem escolher a trilha do Ak-74
É reservar a própria homenagem no dia dos finados
Receita pra tênis, carro, casa, não inclui tiros
Ingredientes são cadernos, canetas e livros

Enquanto você não estuda gambé estuda anatomia
Pra aplicar em morador da periferia
Uma gravata fechando as duas carótidas
Da 30 segundos dano cerebral ou pessoa morta
Do que adianta por dinheiro na mesa e fotografar
Se ele vai ser usado pro seu alvará
Cê tem que substituir o boy de faculdade
Que faz partido pra foder as comunidades
Se ele quisesse revolução pedia pra família
Erradicar prostituição que faz o nordeste Manila
Conheço sua aflição, a rima foi força motriz
Que não deixou cair com um quilo, de Rdx
Com intenção de pregar com fita adesiva
Numa sede da promotoria de justiça
Sabotaram os milésimos da minha infância
Pra eu me inspirarem Escobar derrubando avião da Avianca
Frustei a elite, não fiz Parkour na telha de amianto
Com cuzão da civil atirando
Siga o exemplo não deixe os cordéis de auto padrão
Por na suas costas duzentos de condenação
Fazer sua liberdade de expressão servir pra reproduzir
Que disse pro finado que tentou reagir
Milito mesmo com a ameaça de ser brutalmente silenciado
Porque quando olho pra você vejo outro Eduardo

(Refrão)
De homem pra homem escolher a trilha do Ak-74
É reservar a própria homenagem no dia dos finados
Receita pra tênis, carro, casa, não inclui tiros
Ingredientes são cadernos, canetas e livros

Felicidade não é grana e artigo de alto preço
Da marca que odeia, pobres e pretos
Dinheiro só é tudo pra burguesa cadela
Pra por a filha na agência Ford e deixar ela anoréxica
Por fama é capaz de montar o cenário
E por na rede um vídeo dela transando com o namorado
De homem pra homem, a verba da ação
Não vai ter levar pro país, que não tem extradição
Cê não vai pra Mônaco com a grana numa sacola
Pra desfrutar da Europa igual Cacciola
Normalmente a vida bandida não deixa sobrar
Dois dedos pra ir no fórum, mensalmente assinar
Analise o histórico da sua quebrada
Veja quantos tem vida estável, de Sig cromada
No final o líder que puxa os bondes
Só sobrevive depois da cela, com apoio de Ongs
Usa a idade escolar pra fugir do mercado
Que projeta fuzil com disparo teleguiado
Passou da hora, de deletar o estigma
Das várias gerações de bandido, na mesma família
Essa letra, só existe, porque não fui no corre
Com os parceiros velados em 89
Sigo sem medo o corredor que leva por cadafalso
Porque quando olho pra você vejo outro Eduardo

(Refrão)
De homem pra homem escolher a trilha do Ak-74
É reservar a própria homenagem no dia dos finados
Receita pra tênis, carro, casa, não inclui tiros
Ingredientes são cadernos, canetas e livros

Composição: Eduardo

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