Edson e Hudson

Terra Tombada

Edson e Hudson

Na Hora do Buteco


É calor de mĂȘs de agosto
É meados de estação
Vejo sobras de queimadas
E fumaça no espigão

Lavrador tombando terra
DĂĄ de longe a impressĂŁo
De losĂąngulos cor de sangue
Desenhados pelo chĂŁo

Terra tombada Ă© promessa
De um futuro que se espelha
No quarto verde dos campos
A grande cama vermelha

Onde o parto das sementes
Faz brotar de suas covas
O fruto da natureza
Cheirando a criança nova

Terra tombada
Solo sagrado, chĂŁo quente
Esperando que a semente
Venha lhe cobrir de flor

Também minha alma
Ansiosa espera confiante
Que em meu peito vocĂȘ plante
A semente do amor

Terra tombada é criança
Deitada num berço verde
Com a boca aberta pedindo
Para o céu matar-lhe a sede

Lå na fonte ao pé da serra
É o seio do sertão
A ĂĄgua, leite da terra
Alimenta a plantação

O vermelho se faz verde
Vem o botĂŁo, vem a flor
Depois da flor a semente
O pĂŁo do trabalhador

Debaixo das folhas mortas
A terra dorme segura
Pois nos darĂĄ para o ano
Um novo parto de fartura


Terra tombada
Solo sagrado, chĂŁo quente
Esperando que a semente
Venha lhe cobrir de flor

Também minha alma
Ansiosa espera confiante
Que em meu peito vocĂȘ plante
A semente do amor

Também minha alma
Ansiosa espera confiante
Que em meu peito vocĂȘ plante
A semente do amor

Composição: Carlos Cezar, José Fortuna

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