Durante Flora
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Ilustre Timidez

Durante Flora


Ó ilustre timidez
Ó ilustre timidez

Eu nunca disse nada
Eu inventei
Divina ilustre timidez
Eu inventei

De quem já sabe do mundo
Disfarce do sonho que nasce do impasse de ser
Quem já não cabe no corpo
Me invade pulsando um ambulante sufoco de ser um só
Ser tudo e sobre tudo carne e osso

A mente arde
A mente arde

Ilustre timidez
Ó ilustre timidez
Que eu fiz e me desfez
Onde eu errei
Eu fiz e me desfez

Se eu der um passo
Onde passo essas sensações quase tranquilas
Para onde escreve-las nas paredes da vida
As palavras fogem
Os dramas morrem, dissolvem em lucidez
Uma saudade longínqua do sol da tarde que invade
Areia e vento que ergue
Arde as folhas nos rios compridos, tremidos, corridos
Deserto do mundo vazio do passado
Oceanos pacíficos de fundo falso do intenso nunca revelado
A orgia das coisas que não me deixam voltar

Eu preenchi o vazio com os versos que fiz e me desfez
Como uma matéria irritada que implodiu e nasceu
Tudo o que resta agora é um resto de sol
Fazer de vez o que o corpo e a mente querem outra vez
Sem consciência da potencia primitiva da primeira criação
terminar em timidez
Divina ilustre timidez
Que eu fiz e me desfez
Que sensatez
Eu fiz e me desfez
Divina ilustre timidez
Eu fiz e me desfez
Eu fiz e me desfez

Composição: Flora Uchoa

Letra enviada por Flora Uchoa

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