Dotes
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Linha da Vida

Dotes


Ela quis ganhar o jogo com uma carta marcada.
E disse que faria tudo igual, se pudesse repetir.

NĂŁo pensava no futuro, nĂŁo lhe interessava o tempo.
Sem nenhum conhecimento, deixou rastros na estrada.
Enfrentou o temporal e a escuridĂŁo dos becos.
E ninguém a impediu de quebrar a cara.

Talvez fosse preciso acontecer com alguém.
Pra que tudo voltasse ao normal.
NĂŁo vale a pena tentar ser o herĂłi,
Se vocĂȘ deve no final.

Ela nĂŁo tomou juĂ­zo e continuou na mesma.
Toda hora uma aventura, uma disputa pessoal.
Contra a morte e a vida, contra o dia e a noite.
E a cidade a conheceu como uma figura ilustre.
Mas incerto Ă© o destino de quem brinca com a sorte.
Ela perdeu o seu norte tentando se redimir.

Talvez fosse preciso acontecer com alguém.
Pra que tudo voltasse ao normal.
NĂŁo vale a pena tentar ser o herĂłi,
Se vocĂȘ deve no final.

Ela me disse que sĂł queria se esconder.
Ela me disse que nĂŁo queria mais saber
De nenhuma mentira sobre tudo,
De nenhuma verdade sobre nada,
Nem do seu jogo, nem mais da carta,
Nem da noite, nem do dia,
Nem do perigo, da poesia,
Nem das pessoas, nem das lembranças,
Nem da esperança que teimava em se perder.

Talvez fosse preciso acontecer com alguém.
Pra que tudo voltasse ao normal.
NĂŁo vale a pena tentar ser o herĂłi,
Se vocĂȘ deve no final.

Composição: Brunno Quintas e Romero Sampaio

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