História de Um Boiadeiro

Divaldir & João Rogério

  • 																					Quando ouço falar em boiada
    O meu coração da um balanço
    Lembro do chão, da poeira da estrada
    Que ficava naquele remanso
    O grito do boiadeiro ecoando no sertão a fora
    O som do berrante manhoso
    Que tocava ao romper da aurora
    O sereno nas folhas das matas
    Com o sol já se desfazia
    Via o céu ficar cor de prata
    Com um brilho que reluzia
    Marca de cascos no chão
    Ficava ao passar a boiada
    Também no meu coração
    Ficaram marcas da vida passada [bis]

    Hoje só restam lembranças
    De um tempo que já foi desfeito
    Saudade é a minha herança
    Que eu tenho dentro do peito
    O homem que fui ao passado
    Um boiadeiro com perfeição
    Hoje eu só vou ser lembrado
    Somente nas festas de peão
    Agora o transporte de gado
    É feito por um caminhão
    De um jeito que não agrado
    Não existe mais emoção
    Não vejo mais a comitiva
    E nem o burro cargueiro
    Não vejo a boiada seguindo
    Atrás daquele sinoeiro [bis]

    No livro da minha vida
    Estas páginas foram viradas
    História de um boiadeiro
    Que hoje não é mais lembrada
    Porque o progresso chegou
    E acabou a minha profissão
    O pranto que cai do meu rosto
    Vai doendo no meu coração
    Por não ver meu cavalo arreado
    Que era mestre na lida
    Como o tempo pode depressa
    Mudar assim nossa vida
    Queria cavalgar de novo
    Pela estrada dos alecrins
    Acenar com a mão para o povo
    Não lembrar que tudo é o fim [bis]

Compositor: Valdir Barbosa

Letra enviada por Valdir Barbosa

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