Dino Franco e Fandangueiro
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Flores do Meu Caminho

Dino Franco e Fandangueiro


Eu vejo lá bem distante
Os papagaios voando
Cada vez indo pra longe
O sertão estão deixando

Fugindo da mão do homem
Outro habitat buscando
Periquitos e araras
Também vão se retirando

A raposa espreita tudo
Desconfiada olhando
E o homem sem piedade
Cruelmente vai matando

Caçador, caçador
Com você estou falando
Não mate a fauna e a flora
Quero vê-las procriando

Muito triste a mata chora
A morte da passarada
Os campos virando cinza
Com a fúria da queimada

Na sombra da quixadeira
Não se vê onça pintada
Caititu se retirou
Tá bem longe da baixada

Galho seco despencando
Caindo lá da ramada
O homem cortando tudo
Em medonha derrubada

Roçador, roçador
Não pegue mais empreitada
Encoste a foice e o machado
Evite fazer queimada

O sertão é um paraíso
Paraíso de esplendor
Mata virgem, céu azul
E canário dobrador

Inhambu piando triste
Quando a tarde furta-cor
Os bichos todos fugindo
Da mira do caçador

O riacho ainda chora
A mata cheia de flor
E o homem destruindo
As obras do Criador

Predador, predador
Olhai para o que restou
Predador, predador
Não mate o que Deus criou
Não mate o que Deus criou

(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)

Composição: Dino Franco

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