Saudade eu te matei de fome Saudade eu te matei de fome Yau Saudade eu te matei de fome Madorna 75 Saudade eu te matei de fome
Brotha no fim da cassete Toda a cantiga volta p'o início Por vezes ouvi-la é um frete Mudar a faixa é sacrifício P'a quê rir se te viram as costas? Todos duvidam, não dão benefício Até mesmo se o céu se ilumina Aquilo que brilha é fogo-de-artifício E o que eu vejo É o teu queixo p'a baixo e os teus lábios nunca p'a cima Alegria nunca tá em casa, a tristeza domina Por vezes não queremos e do nada temos Ou queremos e nunca encontramos As grandes coisas que perdemos Por pequenas coisas que ligamos E tu que brincavas, sonhavas, com a paz Nadavas na guerra p'a traçar caminhos Ter uma casa com vista p'o mar Virada p'a serra p'a ouvir passarinhos Viveres a contar com a saudade Sem 'tar a contar que ela vem de fininho bro Porque nada é mais triste Que alguém contribuir p'a vivermos sozinhos Só quero mais tarde olhar p'o meu sobrinho e dizer Que a saudade também nos faz falta Não entrar na bulha, entrar na batida Mesmo se a agulha te salta Sem muita pressa mas sempre na altura exata Aplicar tudo o que é raciocínio Por 'tar destinado e morremos na data E enquanto há quem espere que o tempo se acabe Não ficar deitado De olho fechado à espera que a mude O teu testamento é: não gosto, não quis Não cheguei a tempo, não fiz que não pude Fazer pontaria p'acertar no meio Não é num dos lados que dá a virtude Ter toda a consciência da gravidade Quem sente saudade não sente saúde, mo boy Honrar a memória e fazê-lo com alma Nunca foi preciso fazer um mestrado P'a manter a mente e o mundo na palma Quem cala consente Aquilo que sentes é muito evidente Eu sinto na fala Se esticas a mão para abrir uma porta Não podes chorar quando a mesma te entala
Por vezes sentes saudades de quem não sente E tudo isso vira um ciclo É quando tu tentas dar o teu passo em frente Que tu voltas p'o triciclo Alturas em que embarcas com o subconsciente E pensas que cais no ridículo Por vezes sentes saudades de quem não sente E tudo isso vira um ciclo Mo boy, ainda sinto saudade (ainda sinto saudade)
Saudade eu te matei de fome Saudade eu te matei de fome Saudade eu te matei de fome Saudade eu te matei de fome
(Há sempre alguém que deixa saudade) (Há que saber lidar com isso) Yau
Às vezes eu sinto saudade De ver o meu bairro em actividade e alegria Nessa altura em que tu dizias que era só espigaria E só má onda Tenho saudade do tempo Em que a tua cara não carregava essa mania Muita saudade de ver a amizade entre os bairros cá da zona Saudades do tempo de escola e de haver união Colegas com quem já não falo apenas por falta de uma ligação (Abraço p'a todos) Mas queres saber mesmo aquilo que eu sinto vaidade? Tenho orgulho naquilo que fomos Nada apaga aquilo que eu sinto saudade Mo boy Ainda sinto saudade
Teu rosto nunca me deu trégua Milagre seria não ver No amor essa flor perene Que brota