Nanda

Diego Aquino


Foi sem demora
Pegou sua lâmpada na estante
Feita de barro
Por fora pintada de um azul brilhante

Vestiu sua melhor calça jeans
Blusa estampada com frases e flores
CombustĂ­vel na mochila
FĂłsforos no bolso e se foi

Olhou as horas
Apressou o passo até o ponto de ônibus
Sorriu a uma senhora
Deu bom-dia a uma mulher gestante

Sentou num banco olhando os pombos da janela
Tirou do bolso e separou nas mĂŁos moedas
Comprou pé-de-moleque na mão de um garoto
E comeu

Nanda
Todo dia quando ela levanta
Rega no seu peito a esperança
De que esse dia seja bom

Canta quando chora
E chora quando canta
De alegria por saber que hoje
Pode ver de novo o grande amor

Releu uma carta
Que ela guarda a anos dentro de uma caixa
Seus olhos brilharam
Como duas velas de aniversário

Foi entĂŁo que o Ă´nibus parou
No ponto exato em que ela sempre desce
Caminhou uns passos
E em frente ao lago se sentou

Tirou da mochila
A parafernalha que sempre trazia
Encheu a sua lâmpada
Sabendo que nĂŁo estaria mais sozinha

Olhou as nuvens boba e sorriu
Riscou um, dois, trĂŞs fĂłsforos e viu
A luz que já brilhava
Jogou os pés na água
E esperou

Nanda
Quando ele chega ela levanta
Notam-se no céu de sua boca
Fogos de artifĂ­cios explodirem

Dança no sorrir
E sorri quando dança
De alegria por saber que sempre
Viverá com seu grande amor

Oh Nanda
Todo dia quando ela levanta
Rega no seu peito a esperança
De que este dia seja bom

Canta quando chora
E chora quando canta
De alegria por saber que hoje
Pode ver de novo o grande amor

Foi sem demora
Pegou sua lâmpada na estante

Encontrou algum erro na letra? Por favor, envie uma correção >

Compartilhe
esta mĂşsica

Ouça estações relacionadas a Diego Aquino no Vagalume.FM

MIX DE MĂšSICAS