Devaneio Óbvio
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Novidades Repetidas

Devaneio Óbvio

Ano Bissexto


O que me contarás de novo
depois de tantos confrontos
entre o despertar e levantar mais uma vez?
De certo, não contarás nada
pois nada mesmo acontece
apenas troca de sorrisos é o que se fez

O que dirá dos nossos encontros
onde só um beijo no rosto é o 'oi' e a despedida?
De certo, não dirá nada
pois nada mesmo acontece
são apenas goles da mesma bebida

Seu dedo estendido aponta a direção
e mais uma resposta esperada: um não
Escapaste novamente de meus versos
não espero mesmo que um dia volte

Entre olhares difusos e um aceno de mão
um espaço vazio quase sem razão
Novidades se repetem como sempre
não espero que algo mude de repente

Quem vai torcer os braços
quando a vitória querer chegar?
Quem perderá o jogo quando ele quiser terminar?
Quem vai torcer os braços?
Quem perderá o jogo?

Com os pés estáticos e mãos cobertas de suor
Ansiedade treme defronte aos nossos planos
Que nem sempre foram
E o que era nosso já se foi

E esperando que meu corpo fique melhor
enquanto isso decoro as flores do campo
Jardins se cobrem de brasas
Nuvens cobrem meu lar

Quem vai torcer os braços
quando a vitória querer chegar?
Quem perderá o jogo quando ele quiser terminar?

Composição: Rafael Henrique, Gabriel Marques, Murilo Bodo. William César

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