Délio e Delinha
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Diário Amargurado

Délio e Delinha


A minha vida é um livro aberto
Peço que leia com cuidado
Como quem anda na deserta
Estrada louca de um passado

Não ficarás surpreendida
Com meus soluços violentos
É só vestígios de uma vida
Cheia de descontentamento

Não vá supor que eu persigo
Quem cancelou minha ventura
Bebi na taça da amargura
A cruel gota de amargura

Hoje te escrevo com rancor
O meu diário amargurado
Maldito seja o falso amor
Porque amei e não fui amado

Como lembrança guardo o pranto
É a relíquia de um passado
Reflete em meus cabelos brancos
O meu amor desesperado

Se perguntarem se morri
Digam que estou velho e cansado
Que no meu peito ainda habita
Um coração apaixonado

(Como lembrança guardo o pranto
É a relíquia do meu passado
Reflete em meus cabelos brancos
O meu amor desesperado

Se perguntarem se morri
Digam que estou velho e cansado
Que no meu peito ainda habita
Um coração apaixonado)

Composição: Délio, Delinha

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