Não, eu não sou daltônica Eu assisto o mundo em preto e branco Preso em uma realidade Tão sem brilho, cor, sem contraste
As cidades nos revelam aos gritos Mas surdos continuamos todos cegos Indiferentemente unidos Desprezando diferentes caminhos certos Amedrontados, dispersos
Vivendo todo esse cenário Atuo um louco, um lobo solitário Uma águia em ninho de canário Um cipreste em um deserto vasto
A verdade me trouxe um sentido que Há muito já me mantém de pé Percorrendo as ruas do impossível Onde passaram outros que tiveram fé Um caminho que só encontra quem quer
(Refrão)
Os que desistiram ainda vão olhar E sentir como se o mundo não dissesse não Não dissesse não pro coração
Não, eu não estou te ouvindo Meu coração não se entrega ao ouvir isso O mundo não está perdido Se é o amor a quem não tenho visto
A vantagens de ser invisível É que eu posso ser quem eu quiser Ser segurança sem abrigo Sem glória, apenas ser o que se é O que se ama, onde estiver
(Refrão)
Os que desistiram ainda vão olhar E sentir como se o mundo não dissesse não Não dissesse não pro coração
Verso 3
Ser o que sinto em poesia Ver a vontade velejar a vida Viver em verdade
Brilhar o mais alto que consiga Em cada ato cocriar Ser os sonhos em ação
Assistir a felicidade Pintar a realidade Iluminar toda cidade Ser nos olhos a verdade do coração
(Refrão)
Os que desistiram ainda vão olhar E sentir como se o mundo não dissesse não E dissesse então "vão de coração!"