Ah... Se não fossem toneladas de areia, talvez eu estaria lá para virar a ampulheta, mas eu preciso começar agora. Eu vi que passara mil nuvens, e eu vi o sol em cada milésimo, mas só consegui sorrir quando veio a chuva. O teu egoísmo queimou a largada, mas sua esperança venceu sem correr. E se eu não precisasse de você, ousaria mais ao seu lado. O que você acharia se eu te dissesse que você é um farol vermelho numa estrada sem semáforos? Você se sentiria culpado ou riria por achar que já perdeu?
Eu preferia não pensar que quando o inverno acabar eu estarei com calor, pois odeio a moda, e você estará tremendo dentro de casa, fingindo não reconhecer o estranho deitado na neve, mas é inevitável.
Eu esperava mais de você!
A preguiça mata e gera a culpa, e a culpa é o manto sagrado do mago da omissão.A culpa corrói e gera o fim. Se o fim agora é carrasco antes era ilusão. E eu não vou deixar escorrer abismo abaixo, pois mesmo sempre estando lá em cima nunca deixei escorrer e acabar com tudo de uma vez... E eu esperava mais de você!
Numa estrada sem semáforos corria a braços dados comigo, e gritava a declara que já venceu e o que o mundo é seu. Sangue em minha saliva, vou gritar que não se vive só por viver!
Ouça-me , suplico, não há vida quando se vive por viver.