Cristiano Quevedo
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O Dia em Que Artur Arão Não Morreu

Cristiano Quevedo


Sombreou a tarde entre silêncio e ventos
Era o prenuncio de intempérie e medo
De longe os cascos anunciavam passos
De alguns soldados e um bandido preso
Toda quietude anunciava morte
Nas armas postas lhe dizendo assim
Quem teve a fama de bandido e guapo
Hoje se encontra com seu próprio fim

Eram seis homens e o Artur Arão
Nalgum rincão da terra missioneira
Almas perdidas por seus desatinos
Vingando mortes com balas certeiras

Seis tiros cegos de estampido e fogo
Contra um bandido que diziam ser
Feriram a carne, lhe marcaram a alma
Mas não esperaram pra lhe ver morrer
Mas outro tiro que não foi certeiro
Cegou a tarde escureceu sombria
Ficou a imagem na retina e o ódio
Dos seis paisanos pra vingar-se um dia
Depois a morte aos poucos se foi
No tranco lento da milícia armada
Os seis partiram sem olhar a cena
Do corpo e o sangue na beira da estrada

Eram seis homens e o Artur Arão
Nalgum rincão da terra missioneira
Almas perdidas por seus desatinos
Vingando mortes com balas certeiras
Talvez a morte não lhe faça bem
Nem mesmo a dor lhe cobre o perdão
Quem teve a morte não merece a vida
Nem mesmo o nome de Artur Arão
Os olhos turvos depois da tormenta
Se abriram claros mal podendo ver
A morte agora vai buscar vingança
Porque uma lenda nunca vai morrer


Eram seis homens e o Artur Arão
Nalgum rincão da terra missioneira
Almas perdidas por seus desatinos
Vingando mortes com balas certeiras

Composição: Gujo Teixeira

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