Cala a boca, meu compadre E deixa a comadre se manifestar Só porque você tem três pernas Comigo não vai poder gritar
Pisei numas rosas fedidas e sujas Que cheiravam à hipocrisia De repente, eu vi duas corujas Que cantavam em plena luz do dia
Meu amigo foi preso na praia Antes de pegar uma onda gigante Pisou num castelo de areia Como se fosse um elefante
De vez em quando eu acredito No que a sociedade prega ser errado E o cigarro do mundo eu pito Enquanto espero ser um rei do gado
Cala a boca, seu moleque E me vê um copo americano de amargura Quero ficar nem que seja uma vez, de pileque Pra que assim eu caia numa sepultura
Agora eu vou te contar Dos filhos que eu tive mas não conheci Porque pra conhecer alguém nesse mundo Eu tenho que saber tudo o que aconteceu Desde quando eu nasci
Eu detesto qualquer tipo de piada Que discrimine a sociedade protetora dos animais Quem faz isso não tá é com nada E merece ser expulso da classe dos normais
Quando fiz um pacto com o satanás Pensei duas vezes antes de falar com Deus Mas agora sou deste orbe de feições, súdito fugaz E deixo meu presente aos queridos meus