Há um tempo passando e a saudade só vai aumentar Há um grito ecoando e pedindo socorro em todo o lugar Existem formas de amor e crenças que não sei rezar Só sei existir e não quero descobrir nada sobre a vida Levar tudo o que tenho e me despedir do que não possuo Quero te colocar na beira do meu caminho E nunca mais eu temerei andar sozinho Correntes de cristal como rodas num carrinho de rolimã E amargamente, subitamente eu me afogo em lágrimas Que vez em quando saem para passear E eu fico sem saber quando é que elas irão voltar Pro meu coração As rosas que eu te entreguei perto da porta do trem Hoje, murchas, elas choram e imploram por teu véu E ao invés de desejar os eucaliptos do céu Você simplesmente pega um papel em branco e começa a desenhar Coisas do mar E eu fico aqui no escuro da vida E eu fico te achando tão especial Na Bahia, um presépio montado com seda de algodão Abraços gratuitos distribuidos por uma multidão sem rumo É a realidade o meu maior sonho de consumo E nem as forças que emblemam a coragem hoje me tornam Humano, clara idade E a desonestidade ficou para trás Aqui jaz planta