O que eu quero te dizer não é nada sobre a vida O que eu quero te contar é segredo e sem juízo Mas pra isso lhe confio, meu amigo, amigo meu O que eu tenho é um segredo, muito medo, dedo teu Toda vida foi discórdia, muita ordem e pouco progresso Muita fé, pouca vitória, pouco amor, muito regresso E eu temo em dizer que o paraíso não é mais tão céu assim Todos vamos pro inferno, todos somos cidadãos de bem Mas tem um porém, nada me convém A tristeza é a rainha da vez E há beleza no anormal Nada disso é primitivo, não tenho passado bem Nenhum desses versos eu compus num estado feliz Tudo é invertido ao contrário pelo avesso assim Homens trabalhando encontro pelas ruas baleadas Solidões refazem o amargo da minha boca E eu não posso mais te ver e eu não posso te chamar de louca Mas tem um porém, nada me convém Sou digno de troféus de merecimento E por convencimento de uma coisa vou deixar o me legado Batizei a hóstia dupla com o meu pecado tentador Sou caipira de governador Patriota sempre ao seu dispor Brasileiro toda a hora, só não sei agora Quando é que eu vou poder me vestir e for embora Quando é que vou parar de sentir a avenida que chora Quando é que eu não serei vítima da rebeldia Quando é que anoitece quando acaba o dia