Cidão Carreiro e Julinho

Balanço do Vento

Cidão Carreiro e Julinho


Essa viola já foi árvore
Já balançou com o vento
Foi pouso de boiadeiro
E hoje é um lindo instrumento

Foi nascida lá no mato
E criada no relento
Hoje vive na cidade
Demonstrando seu talento

Viola no meu passado
Na sua sombra dormi
O seu perfume gostoso
Quantas vezes eu senti

Viola seus lindos galhos
Foram pouso da juriti
Me despertava cedinho
O cantador bem-te-vi

Viola por sua causa
Quantas vezes eu chorei
Quantas noites no sereno
O seu corpinho abracei

Viola por seu ponteado
Quanto pranto derramei
Com seu jeito de mocinha
Do sertão tu és a rainha
Não pude ser o seu rei

Viola as suas cordas
Quando tocam me arrepia
Nas mãos de outros violeiros
Que te aperta e judia

Viola o meu ciúme
Por você virou mania
Se eu te vejo em outros braços
Eu sinto grande agonia

Viola eu não me conformo
Com a evolução do tempo
Pois transformaram você
De árvore para instrumento

Viola por causa disso
É grande o meu sofrimento
Porque seus galhos floridos
Não sai do meu pensamento
Porque seus galhos floridos
Não sai do meu pensamento

Composição: Dirceu Melecardi, Cidão Carreiro

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