Vento sopra, o temporal passou Tempo volta, devolve o que levou
[Charles Gonçalves] Clima fechado, o céu nublado Escondem as luzes que iluminam o asfalto O vácuo no espaço, infinito imensurável O céu plano sagrado, conectam os laços O tempo voa com passados As pegadas mostram rastros presentes dos meus passos O temporal confunde os astros Nuvens descarregam as águas, para o céu amanhecer iluminado
Tirando impurezas das gotas do ar Limpando a alma pra continuar Seguir a harmonia pra se libertar Trazendo a vida do gosto de sonhar Viver sem medo de recomeçar Observando a tempestade passar Em pé, ligeiro, com malícia no olhar Firme e pronto pra poder chegar É... chegar
Tormentos, empenhos, conselhos, segredos Momentos, anseios, direitos sem preços Pretas e Pretos, Herdeiros Solenes Honrosos da vida, antigos guerreiros
Sequestraram a vida, falando de emprego Começo de eras, anos pesadelos Histórias marcadas, de vermes no enredo Atuais racistas que não temos medo
O mundo mudou e somos sem jeito Com pressa com a conquista que temos direito O rumo da história não será mais a mesma Com a próxima cena ou a próxima ceia
Vento sopra Tempo volta Vento sopra, o temporal passou Tempo volta, devolve o que levou
[Henrique Felix] O silêncio esmaga, um milhão de perguntas Porquê? Pra que? Não tem nada a ver com conta conjunta Ideais divergentes, que pouca gente entende Pouca gente aprende, se faz constante e presente A maioria ignora, mas sente
A batalha é interna, um outro dia uma nova guerra Mira e não erra, porque se errar já era De baixo da terra são todos iguais Todos iguais, mas tão desiguais O que difere são impressões digitais Se tornando um só, sem guerra e sem paz
A terra perde sua riqueza O povo perde seu valor De dentro se enxerga a beleza De dentro pra fora que aflora o amor