O céu noturno ilumina a estrela cadente

Para deter-nos ao seu alcance

ainda que zombam de nós ao longe

Enquanto o câncer nos deixa todos sem direção

Para velar o que morre agora e começar uma vida de novo

As sombras movem a brisa sem luar

Em toda a costa acetinada

Enquanto as chamas absorvem

Os salões que não reverberam para todo o sempre

Nos campos a noite são

Mil feixes entrelaçados

Para fechar os olhos e nunca acordar

Desses sonhos interlunares

O beijo de despedida em meus momentos finais

A proclamação final

Daquilo que eu nunca vou sentir falta

Por baixo da imortalidade vejo

O esplendor no interior

E o que eu abomino em ti

Como foi que a fonte de tosdas as coisas grandiosas

Se tornau um túmulo?

Como foi que toda essa tristeza nasceu

Do amor encarnado no útero

Da terra a noite é como

Uma chamada para casa, ou assim parece

Para fechar os olhos e nunca acordar

De sonhos interlunares

A inutilidade de ser,

O desespero celestial

A jorrante mancha de dor

Finalmente desfraldado

Quando o carmesim se desflora

Envolta de um agora eterno fitar

Eu sonho sozinho

Pois este não é o meu mundo