Cezar & Paulinho

Saco de Estopa

Cezar & Paulinho


Num saco de estopa com embira amarrado,
Eu tenho guardado a minha paixĂŁo,
Uma bota velha, chapéu cor de ouro, bainha de couro e um velho facão,
Tenho um par de esporas, um arreio e um laço,
Um punhal de aço, rabo de tatu, tenho uma guaiaca ainda perfeita,
Caprichada e feita, sĂł de couro crĂș.

Do lampiĂŁo quebrado sĂł resta o pavĂ­u,
Pra lembrar o frio eu também guardei
Um pelego branco que perdeu o pelo apesar do zelo com que eu lhe dei
Também um cachimbo de cano Colombo
Quantos pernilongos com ele espantei,
Um estribo esquerdo que eu guardei com jeito,
Porque o direito na cerca eu quebrei.

A nota fiscal jĂĄ toda amarela, da primeira sela que eu mesmo comprei,
LĂĄ em Soledade, na Casa da Cinta, 230 na hora eu paguei,
Também o recibo jå todo amassado, primeiro ordenado que eu faturei,
É a minha traia num saco amarrado num canto encostado que eu sempre guardei.

Pra mim representa um belo passado
A lida de gado que eu sempre gostei
Assim enfrentado um trabalho duro, eu fiz o futuro sem violar a lei,
O saco Ă© relĂ­quia com os seus apetrechos,
Não vendo e nem deixo ninguém por a mão
Nos trancos da vida agĂŒentei o taco e o ouro do saco Ă© a recordação.

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