Cezar Passarinho

Guri

Cezar Passarinho


Das roupas velhas do pai
queria que a mãe fizesse
Uma mala de garupa
e uma bombacha e me desse
Queria boinas e alpargatas
e um cachorro companheiro
Pra me ajudar a botar as vacas
no meu petiço sogueiro
Hei de ter uma tabuada
e o meu livro queres ler
Vou aprender a fazer contas
e algum bilhete escrever
Pra que a filha do seu Bento
saiba que ela é meu bem querer
E se não for por escrito
eu não me animo a dizer

Bis
Quero gaita de oito baixos
pra ver o ronco que sai
Botas feitio do Alegrete
e esporas do Ibirocai
Lenço vermelho e guaiaca
compradas lá no Uruguai
Pra que digam quando eu passe
sai igualzito ao pai

E se Deus não achar muito
tanta coisa que eu pedi
Não deixe que eu me separe
deste rancho onde nasci
Nem me desperte tão cedo
do meu sonho de guri
E de lambuja permita
que eu nunca saia daqui

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