Há muito tempo passado eu comprei esta viola Nos momentos de tristeza ela sempre me consola Eu levo a vida cantando e ganhando muitas vitórias Os meus versos de sucesso tenho em minha memória No meu campo de poesia, sei que vou morrer um dia deixo meu nome na história
Eu sou filho de roceiro e nunca falei na gíria Gosto de tocar viola, também de dançar catira Nos lugares que vou cantar, as moreninhas suspiram Eu gosto só da verdade, não sou de falar mentira Pra cantar eu tenho sorte, no Brasil de sul e norte lindas modinhas caipiras
Eu adoro meu país, gosto de ser violeiro Nasci no interior paulista, do meu sertão brasileiro Das grandes festas de junho, os recortes no terreiro Tudo o que foi tão belo e que todos se esqueceram O passado não importa, vou cumprindo minha sorte nasci pra ser violeiro
O catira no terreiro é tão bonita a gente vê Na cidade ou no sertão faz muita gente amanhecer O folclore minha gente não devemos esquecer Hoje eu vivo conformado, a Deus quero agradecer Viola corda de aço que vai sair dos meus braços só depois que eu morrer