Carlos Cezar e Cristiano

Tia Tonha

Carlos Cezar e Cristiano

Expresso Boiadeiro


Cachimbo de barro na mĂŁo tremulante
Um simples barbante prendendo o avental
Rodilha de trapos, bacia cheinha
De roupas limpinhas pra por no varal
Calcanhar partido pela terra quente
Sofrida e doente estĂĄ Tia Tonha
Por que a indĂșstria levou seu tear
E deixou no lugar a saudade medonha

Navios negreiros nĂŁo apitam mais
Por que os petroleiros chegaram aos cais
Aguaceiro morno de um cansado olhar
VocĂȘ jĂĄ diz tudo, por que perguntar

Contando ela diz que um dia seus pais
Chegaram aos cais num negro porĂŁo
E ela mais tarde viu Tio Benedito
Parado, bonito formado escrivĂŁo
Não viu mais escravo nem também chibatas
Viu negra mulata destinos iguais
Nunca mais viu os navios negrerios
Por que os petroleiros chegaram aos cais

Composição: Carlos Cézar/Morgado

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