Cardo Peixoto

Biografia

Cardo Peixoto

Cardo Peixoto, um músico gaúcho com coração e mente abertos para o mundo
A música de Cardo Peixoto é diversa, em relação aos gêneros e ritmos, e carregada de sutilezas e nuances, conhecidas e apreendidas em múltiplas experiências sonoras. Na formação estético-musical do artista, mesclam-se elementos da música erudita, da música regional brasileira, do rock inglês dos anos 70 e 80, do blues estadunidense, da canção folclórica sul-americana e centro-americana, do jazz e da bossa nova, do samba tradicional e da Mpb. Todas essas informações, utilizadas em formato puro ou híbrido, resultam numa música brasileira e universal ao mesmo tempo, onde as melodias e harmonias, por vezes, exigem um ouvido mais atento, por não enquadrar-se no universo "pop enlatado", amplamente divulgado nos dias atuais.

Os elementos da canção - ritmo, harmonia, melodia e poesia - estão, qualificadamente, presentes na obra musical de Cardo Peixoto. Para garantir a riqueza e diversidade poética em sua música, o artista mantém parcerias com poetas e letristas de diversos lugares do Brasil; tornando isso uma das grandes marcas de seu trabalho (ao total, são mais de 300 músicas em parceria). Essas parcerias também facilitam que sua música seja espalhada por todos os rincões do país.
Como intérprete, Cardo Peixoto empresta às suas melodias uma voz com técnica e emoção na medida correta, transitando com segurança entre as diferentes regiões de sua extensão vocal. Possui um timbre quente e que lhe permite atacar as notas de forma suave ou mais estridente e que soa muito bem em suas usuais improvisações vocais.

Cardo Peixoto tem 3 álbuns gravados: Rota a Estrela (2002); Canções de Armar e Desarmar (2007); e As Estações (2015).



Algumas Opiniões Sobre A Música De Cardo Peixoto

Kleiton Ramil (compositor pelotense, radicado no Rio de Janeiro)

"...Independente do valor desse mosaico cultural que o brasileiro Cardo Peixoto buscou e expressa em suas canções, em seus shows, fica evidente a forte influencia de origem afro-descendente. Podemos considerá-lo, junto com o saudoso Giba-Giba e outros grandes nomes do sul do Brasil, como um autêntico representante dessa valiosa vertente cultural. Se ainda não descobriu isso é hora de refletir e assumir de peito aberto essa nobre influência que, aliás, todos nós brasileiros temos, e que enriquece generosamente nosso comportamento e, sem dúvida, tudo o que criamos. Porém nem todos têm o dom, a leveza, a facilidade para sonhar em compor um possível samba do futuro. Cardo é um desses artistas. E se vivemos em uma época em que se pode tudo, em relação à música, por exemplo, nesse confuso pós-tropicalismo, também vivemos um momento de necessárias definições e atitude firme para impor novas idéias.
Boa sorte companheiro! Que você encontre a sua batida perfeita!
..."

Sonekka (compositor e produtor paulista, articulador do Clube Caiubi de Compositores)

"Quando comecei ouvir o Cd do Cardo já me encantou um tanto a capa criativa, que me remeteu imediatamente às brasilidades da música, mas acho que me precipitei ao tentar rotular, o álbum é uma espécie de "tudo ao mesmo tempo". A boa voz singular e masculina - que anda cada vez mais raro nas paradas da boa música brasileira- eu já conhecia, mas neste álbum veio ainda melhor. O susto veio já na terceira faixa, "Não estranha", numa levada "Beatleniana" como "Free as bird", anunciava a real do álbum: Livre como um pássaro. Daí pra frente veio o pop, o blues, as baladas "a la Nei Lisboa", fusion total. Tudo soa livre e orgânico, sem truques, tudo tocado e sentido, acreditado e curtido. Livre como a música deve ser, autoral como tudo deveria ser. Poeticamente livre como a bossa "A Ave e o Ovo", parceria como os excepcionais letristas Sônia Anja (Rs) e Clóvis Sampaio(Ba), sim, faço questão de indicar a sigla do estado dos parceiros, porque o album é continental, parceiros garimpados nas ladeiras do site do Clube Caiubi de Compositores. Como em A Ave e o Ovo, a busca por um lugar é continua, pra se achar a resposta, tem que fazer algo diferente. Aí que está a resposta, o album As Estações não é diferente, ele apenas rompe justamente com a bagunça da busca pelo inusitado e retoma o bom e vasto caminho da canção, da boa canção brasileira, da farta seara de bons letristas ao redor do brasilzão e que podem e devem ser acessados, para novos rumos, novas parcerias e o respeito pelo legado histórico da boa música brazuca, sem se render 'a tentação de que tudo que poderia ser bom, já foi feito. Sempre há um jeito novo de dizer coisas. É possível fazer o novo soar realmente novo: Deixando as letras bobas de lado, deixando de regravar à exaustão sempre os mesmos sucessos da velha Mpb. O Cardo fez isso e prova que funciona."



Cláudio Troian (produtor cultural na serra gaúcha)
"Caríssimo Cardo.
Esta foi para mim, a semana mais "brasileira" dos últimos tempos. Em meio às tantas quirelas que assolam este ensolarado país, encontrei um oásis bem guardado em teu novo disco - As Estações.
Acredito na trabalheira que deve ter sido elaborar um álbum com tanto primor, graça e unidade - a sequência das composições desenha um corpo nu, inteiro, redondo.
Não me causa surpresa que tenhas convidado um time de primeiríssima para trabalhar contigo neste teu terceiro Cd - da direção artística ao design gráfico, dos arranjadores e músicos aos técnicos, todos de reconhecido talento. Não me custa elogiar-te, posto que merecido.
Já de cara, os timbres me levam à latinidade negra brasileira, símbolo maior do que realmente somos - um povo sincrético. Os acordes são gentis, com a leveza do bom anfitrião. Os rifs convidam para vôo fugaz, sem sufocar o todo harmônico. Gostoso ao ouvido.
Tua sensibilidade na seleção dos parceiros letristas tem voz firme e compõem no conjunto. Letras que desenham sentimentos, retratam emoções, desvelam o coração humano. Mui grato pela obra com que nos presenteias, público ouvinte da boa musicalidade brasileira.
Agora, dediquei bom quinhão da audição para deliciar-me com a tua voz - melodiosa e agradável, comedida mas eficiente, mix de metais e rosas, ataques e defesas, poupando-nos de exagêros, sílabas em namoro com o justo tempo musical já prometendo casamento, uma maravilha.
Irmão, a felicidade mandou notícias e convidou para o banquete. Salute!!!
Claudio Troian (Caxias do Sul/Rs - 03/07/2015)"

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