A vida me fez um pouco mais Contente com o que pouco faz
Vou na verbalácia tenho a Caraudácia de chegar na praça e perguntar quem é você Tamo junto todo dia nessa lida, me conta da vida o que cê faz pra sobreviver É me diga lá quem é você, diga lá - quem é você! Diga lá!
É mais que sentir, é dizer É necessidade íntima e gigante do corpo do ser Que não cai na borda dessa horda que na roda não rebola Não faz renascer na hora uma aurora, vê! Alegria ia sem mais-valia, sem medo O sossego é o lugar da poesia, calma, nego! Pro tormento, alento, o samba é o momento Agora, afora, quadris mexendo! Entregue ao bumbo vai um corpo cinzento Pintando tudo, dançando seu sentimento
Então sossega, alivia o peso que carrega Não há liberdade se o corpo se nega! Se permita, abraça a fita, que a carcaça é finita A dita pira restrita vê se evita No pequeno está a beleza, a certeza da proeza de viver A surpresa é evidente, tente, você vai ver! Então, cai no samba, tu e tuas muamba Dar uma de bamba, rejuvenescer
A vida me fez um pouco mais Contente com o que pouco faz Por isso eu digo Samba na vida, samba na vida! Samba na vida eu Disse samba na vida, samba na vida!