Cacique e Pajé
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Violeiro Marrudo

Cacique e Pajé


Eu era ainda muito moço
Mas modéstia a parte de bom sentimento
E foi com relativo esforço
Que fui garantindo o meu casamento

Fiz planos e diversos planos
Uns deram certo e outros não
Assim se passaram os anos
Resumindo tudo em decepção
Ai, ai, ai

Com sacrifício fui lutando
Para dar conforto à minha família
Que ia sempre aumentando
Com o nascimento de filhos e filhas

A minha esposa era boa
Mas foi ficando tão ruim
E por qualquer coisinha à-toa
Jogava as crianças todas contra mim
Ai, ai, ai

Queria que eu ficasse preso
Igual passarinho triste na gaiola
E me tratava com desprezo
Só porque eu gosto da minha viola

Viola que me deu de tudo
Pra dar à ela mais conforto
Agora eu fiquei marrudo
Não deixo da viola nem depois de morto
Ai, ai, ai

Já requereu nosso desquite
Já que ela insiste tenho que aceitar
O que me deixa mais triste
É dos meus filhinhos ter que separar

Pra ela eu sou um bagaço
Mas seja lá o que Deus quiser
Com as minhas dez cordas de aço
Vou cair nos braços de outra mulher
Ai, ai, ai

(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)

Composição: Nonô Basílio

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