Não dói como antes

Em uma tela eu me divirto melhor

Respirar é ainda mais desafiador

Do que ser percebido como um semideus

Céus pixelizados

Reflexos da minha obsessão

Caos de Sol para Sol

(I) continuar polindo um pedaço de papelão

eu ando

Despido

Sem nome

Eu tenho o lingote de papelão

Lavado

Meus olhos

Disforme

Estou cego pelo lingote de papelão

Fazer

Minhas orações

Maltratado

O lingote de papelão me cura

Me fode que um amor

Não durou mais do que eu gostaria

Que para ver meu filho tem que cruzar uma fronteira

Me incomoda aparecer no holograma invisível de uma sequência

Foda-se que as multinacionais são irracionais

Junte golpistas de arrastar e soltar

La longa colonial, que na imigração me olham mal

E o desejo fútil de ser imortal

Contos pixelados

Reflexos da minha obsessão

Caos de Sol para Sol

Eu continuo liberando o fio, desvendando minha modéstia

eu ando

Despido

Sem nome

Eu tenho o lingote de papelão

Lavado

Meus olhos

Disforme

Estou cego pelo lingote de papelão

Fazer

Minhas orações

Maltratado

O lingote de papelão me cura