Bruno Silva
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Debaixo do Sol

Bruno Silva

Flores de Inverno


A vida inteira, mané perseguiu nicanô
Até o dia em que este também disparou
Da janela da casa de dona iaiá
E o outro, da trincheira do tanque de dadá

Todo mundo se escondia
Para ver a briga de garrucha e bacamarte
O padre abriu as apostas
Para a quermesse, isso vira arte!
O pastor também se pronunciou
Não se esqueça a minha décima parte!
Mas quem chegou pra acabar com a palhaçada
Foi o coronel com toda sua jagunçada

Passem o dinheiro para cá
Em terras minhas eu que devo mandar
Ou acabo logo com a briga e ninguém mais vê essa intriga
Foi quando nicanô e mané pararam para tomar café
De repente o sanfoneiro
Violeiro e zabumbeiro começaram a tocar
O dinheiro dessa aposta
É nosso senão acaba a música e ninguém mais vai brigar!

Mas nicanô e mané puseram-se a dar no pé
Com medo daquela ambição, correram juntos em união
O povo não cansou e o povo foi atrás
Voltem seus covarde, para brigar mais!

Eis que correu a multidão debaixo do sol
E não há nada novo no olho do povo que se tenha dó
Eis que correu a multidão debaixo do sol
E não há nada novo no olho do povo que se tenha dó

Crianças ainda brincavam, mas esperavam o sangue jorrar
Mulheres davam suas risadas
E torciam para o chumbo entrar
Idosos não podiam correr e gritavam: - voltem para cá!

Eis que correu a multidão debaixo do sol
E não há nada novo no olho do povo que se tenha dó
Eis que correu a multidão debaixo do sol
E não há nada novo no olho do povo que se tenha dó

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