Á tempos me entreguei, para os prazeres banais Desse mundo imundo de pessoas normais
Já faz tempo que eu me entreguei para todos prazeres imundos Que a solidão me ofereceu, prometeu me dar o mundo E quem diria que um dia eu acabaria Me entregando e abusando de prazeres suicidas
Prazeres que viciam, prazeres que nos abraçam Que nos caçam, que nos beijam que nos amam, que nos matam Já roubaram minha autoestima, e eu nem pude dizer não Enquanto eu dava flores recebia desilusão
Sem ao menos dar adeus, os dias vão embora É maldade a felicidade dormir mais uma vez lá fora
Depois de tudo que eu vi a mente precisa descansar O mundo judia dia após dia, sem hesitar E sem ao menos esperar, vem pra nos mostrar Que os dias foram embora e agora não voltar
Quantas madrugadas desejando que não fosse assim Me roubaram um sonho, me devolveram fim Ás vezes nem eu entendo como tudo passou Se perguntarem se estou bem, pois bem, eu só estou
Á tempos me entreguei, pra minha nostalgia Todos os dias me abraça, todos os dias me solítaria
A noite vai chegando e convidando pro estrago Uma dose de passado, cansado, pesado, errado Cansado de conversas, cansado pelo instante Cansado de passado, cansado de romances
O passado se torna uma ferida Quando a sobriedade se torna uma inimiga Solidão inevitável, lá fora talvez alguém Amargo por dentro, e por fora também
Quero descansar em silencio profundo Quero não amar nesse mundo imundo
Meu problema é amar demais, e eu odeio amar Odeio amor, odeio a dor que vem depois quando acabar Filosofia marginal, a beira de uma ilusão Minha reflexão que gerou minha depressão
De poesias tristes, eu tenho quase um livro A solidão que fez de mim mais um poeta depressivo E agora, é tarde demais Sou só mais um que se afogou no mar dos prazeres banais [
Igual a maçã que um anjo ofereceu pra Eva Não é a primeira nem a última vez que a depressão criou um poeta Mas é instinto da nossa raça só dar valor quando perde Lembrou eu na rua augusta, angustia que não se mede
E agora, tenta esquecer, e agora, tenta esquecer Eu já tentei, mas não consigo É vingança, sozinho
Á tempos me entreguei para os prazeres banais Desse mundo imundo de pessoas normais
Quantas madrugadas, desejando que não fosse assim Me roubaram um sonho, me devolveram fim Ás vezes nem eu entendo, como tudo passou Se perguntarem se estou bem, pois bem, eu só estou