Bruno Batista
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Rosa Dos Ventos

Bruno Batista


Sobre ondas velhas
Vou sem vela e sem chegar
Não sou eu quem me navega
E nem me navega o mar
Reconheço esta cidade
E suas capas de revistas
Deusas de eletricidade
Albergados, skatistas

Sob essa ponte
Bebi ponche em concha rasa
Morei logo ali defronte
Sei que o amor não teve casa
Nessa vida sem platéia
Sou a minha própria atriz
Alguém disse na estréia
Eu não ia ser feliz...

Fui Casanova num romance de novela
Beijei Lisbela, conheci os seus pecados
Perdi Joana e sonhei com o primo dela
Que morreu apaixonado!

Ganhei a espada de um herói de montaria
Ouro e mirra de um mago embriagado
Dancei no espaço e contei tanta mentira
Que adormeceste em meus braços...

Vi Condoleezas, Ritas, Joaquinas
Praias vermelhas, azuis e grenás
Uma trapezista montenegrina
Casar com o Marquês de Carabás
Vi Jim Carrey deixar Clementina
Numa cena de “Eternal Sunshine”
(Se eu dissesse que estive no teu coração
Will you be mine?)

Hoje sou as sandálias do tempo
As medalhas de algum general
O perfume da Rosa dos Ventos
Uma esfinge de água e sal
Sou a carta à espera do jogo
E o tesouro que não espera o mar
Sou a vela que brinda com o fogo
Sou a dor e o esporro em quem se queimar!


A saliva, a cilada, o suspeito
Os morangos no pátio real
Se a saudade te arranha o peito
Sou feito de outro material
Nenhum corte me revela o corpo
Nem um sopro me faz confessar
O desejo é meu último porto
E hoje eu vejo, hoje eu mato, hoje eu morro
Hoje eu volto pra lá...

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