Eu vou contar uma história sobre um dia qualquer podia ser com qualquer um, homem ou mulher qualquer um que atenda a uma descrição: possuir melanina, o chamado negão o pretinho, a neguinha, o cabelo sarará do tipo que a polícia vê na rua e gosta de parar é, mas não foi homem nem mulher foi com uma criança, acredite se quiser só quero alguns minutos pra você me ouvir essa história aconteceu muito longe daqui era um dia de semana, eu não lembro qual tava fazendo frio, coisa bem normal dentro de uma escola tocou o sinal era hora da saída, todo mundo dando tchau sem o pai, sem a mãe, nem por um segundo é assim no que eles chamam de primeiro mundo a criança obrigada a ser independente sai da escola sozinha, e não foi diferente com a menina da história que eu vou contar ela seguia sorridente pro conforto do lar 7 anos de idade, uma menina inocente sem nenhuma maldade, dentro da sua mente, é levava uma vida feliz mais uma brasileira em outro país orgulhosa de onde veio, com dignidade carregando a bandeira da brasilidade mas nesse dia o acaso não lhe ajudou o destino conspirou pro cenário de horror escondidos à espreita na esquina chapados de cerveja ou trincados com a cocaína não sei e ela também não sabia o cenário tava armado para a covardia marca registrada de um racista covarde pra caralho só se garante em bando quando tá na pista sozinho ele vira um boçal precisa da sua gangue para praticar o mal bateram de frente portando canivete ela tava cercada um mascava chiclete ficou desesperada sua idade era 7 sua roupa rasgada e o racista repete: “engole o choro, cala essa boca senão ainda te mato depois de rasgar tua roupa mas hoje é o seu dia de sorte não vamos fazer nada hoje não vai ter morte” E o grupinho de covardes se mandou rasgou a roupa dela, foi embora, e ela ali ficou foi pra casa e o seu choro não parou contou pros dois irmãos e um amigo a cena de terror imediatamente então os 3 moleques resolveram revidar aquela ação tomados pelo ódio feito galo de rinha pegaram algumas facas na cozinha o mais velho com 11 anos outro com 10 e outro com 9 cavalos sem rédea, prontos pra tragédia saíram com desejo de matar rodaram o bairro inteiro e não encontraram quem queriam encontrar não pararam de andar, querendo se vingar sentindo o cheiro da raiva no ar então num matagal encontraram a cabana da gangue mas não tinha ninguém só umas manchas de sangue e umas garrafas de cerveja vazias na parede alguns rabiscos e uma frase que dizia alguma merda escrota que eu não lembro qual e embaixo o nome deles, olha só que legal essa era a senha, vamo destruir essa porra toda, que se foda nessa hora eu queria uma dinamite que exploda a cabeça desses filhas da puta, me ajudando na luta, castigando a conduta deles só que não tinha explosivo então se contentaram em quebrar as janelas de vidro quebraram as paredes de madeira e mesa, e cadeira com rapidez, sem marcar bobeira botaram tudo abaixo e meteram o pé depois ficaram imaginando durante o rolé sentindo um estranho sentimento traiçoeiro o mais velho disse “se eu tivesse um isqueiro matava aqueles vermes com requintes cruéis depois tacava fogo da cabeça aos pés” é foda... a gente estraga nossa vida agindo por impulso como um louco suicida influenciado e provocado por canalhas empenhados em nos derrotar nessas batalhas que aparecem na nossa evolução mudando o rumo e destruindo um nobre coração se aqueles 3 moleques encontrassem o inimigo assinariam a sentença de um grande castigo suas vidas destroçadas de um jeito ou de outro mas quem vai julgar? É do instinto humano querer se vingar pega um vacilão e depois mata o coração é nobre mas o sangue não é de barata pouco depois se mudaram e aquele episódio nunca mais ressuscitaram a vida é sorrateira, às vezes você cai é preciso altruísmo se guiando nas palavras do pai treva não vence treva, ele dizia na cruz pra vencer a escuridão você tem que usar a luz