Os Presídios andam lotados de vítimas do consumismo Enquanto os herdeiros das capitanias hereditárias Continuam sorrindo O que também foi um crime, do ponto de vista sinistro Ainda estão livres fazendo do inferno um paraíso São idiotas herdeiros Se achando perfeitos Sabem que sua liberdade é a custa de sangue negro Não precisam cometer assaltos, lá na favela é deita no asfalto Matam a qualquer um pra otário viver com a bunda pro alto Sem esforço algum
Quem se atreve a ser verdadeiro A vida no gueto é o bico no peito Guerrilha do preto ou branco pobre viu que o prefeito Não fecha com o gueto Sua luta não é luta Seu labor não é comum De tempos em tempos sofrem as reações foi só mais um É a cobrança do passado O Ciclo vital, Ubuntu Ashant eu sou Uru Sinfonia ainda é o 12 por 1 Não vendo minha palavra o verso na mata o rosto é nú Sem farda na cara tanta palhaçada é o Jaburu Arnaldo Jabour nunca comentou o que se passou no céu azul Pintado de preto, verde e vermelho na Black Cia, o pássaro anú Eu era só um menor conversando com o que ninguém via Agora ficou pior só falarei em alegorias Nas orlas da burguesia 100 cabeças vazias Se a paz foi fantasia no outro dia a porca mídia Rasgou a bandeira tornou piada O que seria o amanhecer do verão vermelho Inverno em fevereiro Sem alienação Hoje não tem futebol Na Arena de Mamom
Fodam-se os ricos Fodam-se seus riscos Fodam-se os ricos Fodam-se seus seus discos
Fodam-se os ricos Fodam-se seus riscos Fodam-se os ricos Fodam-se seus mitos
Fodam-se os ricos Fodam-se seus riscos Fodam-se os ricos Fodam-se seus ditos
Fodam-se os ricos Fodam-se seu princípios
Lutar por qualquer coisa é lutar por nada Quantos viverão da Lutar por qualquer coisa é lutar por nada Quantos viverão da foiça? Outros morrerão na bala Os convocados das janelas nas sacadas vão pra guerra Porque há falhas no sistema Então a máquina para dá problema O sangue mancha as calçadas Por tanta incompetência, inoperância autoritária Luta não para dá problema O sangue mancha as calçadas Por tanta incompetência inoperância autoritária O discurso dos canalhas Se espalha igual praga Eu tenho vergonha na cara Mantenho distância de otário babaca canalha Que racha a minha cara Seu verso é sem compromisso ideológico à noite na Lapa Por isso os herois mortos Reencarnam em mim sociedade Feita em destrosos, Brazil Áfrika!