Black Alien

O Crime

Black Alien


O sujeito comprou uma pistola
E desde os tempos da escola, sonhava um dia arrumar
Foi correndo pra casa mostrar
Pra sua amada o que acabara de comprar
Abriu a porta e foi entrando
Afobado e ofegando com a arma engatilhada
Preparada pra atirar, poww
Deu de cara com a vadia
E outro em plena putaria
Dentro do seu lar
Vendo aquilo entĂŁo pirou
SĂł depois que atirou, Ă© que parou pra pensar
Aturdido com a surpresa
PĂŽs a arma sobre a mesa
E deitou-se no sofĂĄ

Esse Ă©, mais um crime banal numa noite qualquer

Cometeu um erro grave
E decidiu solene e breve
Tinha que se castigar
Pra cadeia Ă© que nĂŁo ia
LĂĄ dentro formar
Quadrilha e outros crimes praticar
Ser traĂ­do Ă© triste enfado
Corno Ă© que nem viado
Todos vĂŁo sacanear
Encheu de fumo o cachimbo
Condenou-se para o limbo
Mas antes ia fumar
Queimou, chapou, fechou os olhos
E deu-se um tiro nos miolos

Esse Ă© mais um crime banal numa noite qualquer

Depois de dias a polĂ­cia
Averigou a denĂșncia do cheiro que vinha de lĂĄ
Arrombaram entĂŁo a porta
Encontraram gente morta
Dois na cama, um no sofĂĄ
Recolheram os defuntos
E levaram todos juntos para o crime registrar

E o que mais me deprime
É que a história desse crime
A poucos comoverĂĄ
Pois matar jĂĄ Ă© tĂŁo normal
Que eu duvido que o jornal tenha espaço pra contar

Esse Ă© mais um crime banal numa noite qualquer

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