Apanhador Só
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Viralatice Dos Prédios

Apanhador Só

Meio que Tudo é Um


Olhando a cidade daqui, mais de cima e de longe
Eu fico viajando na viralatice dos prédios
Eu fico viajando na viralatice das caras
Que emolduram semblantes em meio às janelas dos prédios
Mesmo que aqui de longe
Eu consiga nem bem ver as caras

Um pombo supera tranquilo a avalanche de rodas
E eu fico pensando nos carros que correm nas vias
E eu fico pensando no sangue que corre nas veias
Emitindo e sorvendo, levando
E trazendo um montante de gases
E eu fico parado pensando que sangue envelhece petróleo

Finas camadas envolvem o chão
Toneladas rumo aos céus
Nuvem chumbo
Grosso véu
Benze o chão

Guarda-chuvas se abrem nervosos
Pontos pretos de cravo
Canaletas, bueiros engolem as águas secando a cidade
Eu olho meu braço com poros abertos brotando umidade
Eu ouço sirenes abrindo berreiros por todos os lados
Como um fungo bandido, urgente e sedento
A cidade se espalha

Composição: Alexandre Kumpinski, Henrique Schaefer, Lorenzo Flach

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