Antonio Rogerio & Chico Queiroga

A Mestiça

Antonio Rogerio & Chico Queiroga


Uma mestiça no requebrado
Fazia o homem desassisar
Lá na baiuca, no seu bailado
Fazia o homem se embriagar
e cativava os forasteiros
Deixavam os negros na escuridão,
No desamparo, no desarrimo,
Deixavam-nos sempre sem um tostão
Que mistério é essa negra
Que faz se embriagar os nobres e os pobres peões
Lá na redondeza, depois torturá-los,
Matando-os de tesão e desejo
E abandoná-los sem revelar seu segredo, sem revelar seu segredo, sem revelar seu segredo

Lá vem a negra cheia de ouro seu caminhado faz provocar
E as comadres prendem os maridos
Temem a mestiça que vai passar
Na meia noite cadê os homens
Suas mulheres a perguntar
Estão na bodega tomando vinho
Vendo a mestiça se requebrar
Que mistério é essa negra
Que tira os homens das damas
Que a desejam bela na lama que a sua na cama, na lama que a sua na cama, na lama que a sua na cama

E a cidade apavorada, suas mulheres a condenar
A tal mulata, numa passeata, pedindo a forca ou sua prisão
Mas o emissário foi seduzido deixou a negra em libertação
E as esposas tão dardejantes já não sabiam porque razão
Que mistério é essa negra
Que tem a guarda dos homens, que doma os soldados
Que tornam-se seus guardiões, que tornam-se seus guardiões, que tornam-se seus guardiões...

A namorada dos homens da cidade
Alimentava ódio na região
e as madames aborrecidas
Resolveram dar fim à situação
Tacaram fogo no seu barraco
Amanheceu só cinzas sobre o chão
Diante das cinzas choravam os homens
Por terem perdido sua paixão
Que mistério é essa negra
Que faz o homem chorar
Pois homem não chora
Pois ela lhe fez lagrimar, pois ela lhe fez lagrimar, pois ela lhe fez lagrimar

Lá na cidade ainda choravam
Sobre as ruínas do barracão
O homem nobre, o homem pobre
Todos unidos numa oração
Mas derrepente lá surge a negra
Sobre a garupa de outro vilão
Passou um sorriso tão devassado
e acenou pros débeis machões
Que mistério é essa negra
Que faz se embriagar os nobres e os pobres peões
Lá na redondeza, depois torturá-los,
Matando-os de tesão e desejo
E abandoná-los sem revelar seu segredo, sem revelar seu segredo, sem revelar seu segredo

Composição: Chico Queiroga

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