Entre ela e eu Entre ele e eu Na nossa canção No nosso esquema Tem matizes de Catulo, Caetano,e alguns trechos da RepĂșblica de PlatĂŁo.
Entre todos nĂłs Tem muita diversĂŁo Nas nossas orgias VocĂȘ se auto-flagela E eu me entrego com paixĂŁo.
E se deste arranjo eu me cansar Vou escrevinhar como Homero me ensinou. Uma flauta doce Uma viola Um tambor.
Se eu falar de amor VocĂȘ prepara um beck Se eu nĂŁo te amar VocĂȘ lĂȘ um trecho de um poema de Flaubert.
E se eu te deixar VocĂȘ vai pirar Andar pelas ruas NĂŁo mais me encontrar.
Eu fui o seu Deus Teu sol Teu ar A tua fantasia de princesa O teu pai.
Para me esquecer E nĂŁo se jogar Vai me devorando nas minhas cantigas e no teu cantar
Sem se demorar as paredes vĂŁo mudar de cor o teu cheiro e todos teus escritos serĂŁo como eu.
Vai te entregando em qualquer canção Vai me degustando na boca de quem me beijou No corpo de quem me comeu Na voz que sussurrou: -Sou teu escravo -O teu homem -O teu pai.
E quando eu voltar NĂŁo vou te reconhecer Todo o teu corpo Tua alma Sem um dono um algoz?
Eu vou me atirar De onde eu saĂ Eu quero ficar Com esta mulher Que eu libertei e destruĂ