André e Andrade

Avô e Neto

André e Andrade


Menino, você está vindo
No caminho que passei
Por eu ser muito mais velho
Posso lhe dar um conselho

Cada ano é um quilômetro
Pode andar devagarinho
Cuidado com os abismos
Na beira do seu caminho

Lá na curva dos cinquenta
Um pouco mais da metade
Você vai sentir cansaço
Pode andar devagarinho
Cuidado com os abismos
Na beira do seu caminho

Lá na curva dos cinquenta
Um pouco mais da metade
Você vai sentir cansaço
Dor nas pernas e nos braços
Com o peso da idade

Menino, por essa estrada
Tem passagem, tem barreira
Tem volta e tem atalho
Tem subida e tem ladeira

Tem buraco e tem espinho
Muitas curvas perigosas
Tem tocaia e armadilha
E muitas cobras venenosas

Tem bastante encruzilhadas
Você vai ver um sinal
Você vai sempre à direita
A estrada mais estreita
Vai mais longe o seu final

Menino, foi nessa estrada
Que passei levando a vida
Tem porta que tem entrada
Mas não encontra saída

Depois dos oitenta anos
Ficou muito chão pra trás
Você olha para a frente
Esperanças não tem mais

Tem a cidade dos mortos
O lugar é um mistério
Nessa estrada quase ninguém
Chega na placa dos cem
Sem morar no cemitério

Composição: André e João de Freitas

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